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Setor de flexíveis supera desempenho da indústria em geral no 30 trimestre

06 de Novembro de 2020

Por Liliam Benzi*


Estudo feito pela W4Chem com exclusividade para a ABIEF indica que a indústria de embalagens flexíveis apresentou desempenho superior ao da indústria como um todo no 30 trimestre do ano. A justificativa reside na aplicação das embalagens flexíveis em itens de primeira necessidade, como alimentos, bebidas, varejo, entre outros.

Especialmente o setor de alimentos manteve o bom desempenho verificado nos últimos meses, ou seja, praticamente inalterado mesmo com a pandemia do COVID-19. Inclusive, houve momentos em que itens de indulgência, como doces e snacks, foram largamente consumidos, favorecendo as embalagens flexíveis, comprova o estudo.

Além disso, enquanto no 20 trimestre o desempenho da indústria de embalagens flexíveis foi impulsionado por produtos essenciais, como alimentos, higiene e limpeza, no 3T a recuperação foi mais generalizada e os consumidores voltaram a comprar outros itens, impulsionados, por exemplo, pelo auxílio emergencial.

Neste cenário, o setor de flexíveis registrou uma produção de 562 mil toneladas (t), uma alta de 8,8% em comparação ao trimestre anterior. No acumulado Jan a Set 2020, a produção chegou a 1,588 milhão de toneladas; as importações totalizaram 50 mil t e as exportações 94 mil t.

A indústria de alimentos continuou sendo o principal cliente e absorvendo 203 mil toneladas. Na sequência, aplicações industriais, com um consumo de 98 mil t de embalagens flexíveis; descartáveis, 68 mil t e bebidas, 56 mil t.

As embalagens multicamadas são as mais representativas no universo das flexíveis, respondendo por 185 mil das 562 mil t produzidas no 3 T de 2020.
A segunda maior aplicação, vem das embalagens monocamada com 154 mil t, seguidas por filmes shrink (encolhíveis), com 75 mil t.

Foram produzidas 10% mais embalagens com PEBD (polietileno de baixa densidade) e PEBDL (polietileno linear de baixa densidade) no 3 T em comparação ao 2 T, representando 416 mil t. Com PEAD (polietileno de alta densidade) a alta foi de 8,3% (65 mil t) e com PP (polipropileno) mais 3,7% (81 mil t). Matérias-primas recicladas tiveram uma participação de 5% (30 mil t) no volume total (562 mil t).

Segundo o Presidente da ABIEF, empresário Rogério Mani, “o desempenho do setor só não foi superior porque vivenciamos, no período avaliado, uma redução drástica da oferta de matérias-primas como resinas e outros insumos (aditivos e pigmentos) e embalagens de outros tipos (caixas de papelão). As indústrias do setor atuaram com estoques reduzidos o que comprometeu a produção”.

Mesmo assim, a consultoria W4Chem estima que as vendas internas de poliolefinas tenham aumentado cerca de 23% no 3T em comparação ao 2T 2020 e 1% na comparação com o 3T 2019. Em outras palavras, a indústria petroquímica nacional foi favorecida pelo desabastecimento mundial de resinas termoplásticas, o que justifica o recorde de vendas em agosto e setembro. Contudo, a oferta restrita de resinas no mercado interno resultou em momentos difíceis para algumas empresas produtoras de embalagens, que necessitaram buscar matérias-primas alternativas.

*Liliam Benzi é especialista em comunicação, marketing e desenvolvimento de negócios e de estratégias para B2B, com ênfase no setor de embalagens. Também atua como editora de publicações e Assessora de Comunicação de diversas empresas e entidades, entre elas a ABIEF. Foi eleita Profissional do Ano 2018 pela Revista Embanews. Também foi indicada como Press & Communication Officer da WPO (World Packaging Organization – Organização Mundial de Embalagem). Está à frente da sua empresa – LDB Comunicação – desde 1995 (
ldbcom@uol.com.br).

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