Por Liliam Benzi*

O setor de frutas, flores, legumes e verduras (FFLV) segue em constante evolução e dando sinais palpáveis de que a demanda por embalagens plásticas flexíveis acompanhará este ritmo de crescimento.

Durante um encontro que reuniu os principais líderes da área no Brasil, a associação do setor – International Fresh Produce Association (IFPA), apresentou um balanço do mercado em 2024 e traçou um panorama para 2025. Em pauta, os desafios econômicos, avanços tecnológicos e estratégias para fomentar o crescimento sustentável do setor.

Embora os números de fechamento do ano ainda não estejam prontos, sabe-se que este setor encerrou 2023 com estabilidade e com uma projeção de crescimento anual entre 2% e 3% até 2027, especialmente em culturas tradicionais como batata, tomate, banana e folhagens.

No cenário internacional, as exportações brasileiras de frutas aumentaram 8,5% em valor de janeiro a setembro de 2024, com destaque para mangas e limões, embora o volume exportado tenha diminuído 3,34% em relação ao mesmo período de 2023.

Para 2025 e os próximos cinco anos, as perspectivas são positivas, impulsionadas pela crescente demanda por alimentos saudáveis e convenientes. A Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas) estima um crescimento de até 20% nas receitas de exportação em 2024, atingindo um recorde de US$ 1,3 bilhão.

Ações & Resultados

Segundo Valeska de Oliveira Ciré, Country Manager da IFPA, uma das ações de destaque da entidade em 2024 foi a Campanha de Sazonalidade cujo intuito é estimular o consumo de produtos FFLV da estação. “De modo geral, o setor de FFLV, alicerçado em inovação, sustentabilidade e integração, está bem posicionado para enfrentar os desafios de 2025. A busca pela eficiência e a valorização da cadeia produtiva prometem atender às demandas de um mercado cada vez mais exigente e consciente.”

Mas nada disso acontecerá sem uma boa embalagem. Portanto, é de se imaginar que veremos um avanço no uso de embalagens plásticas flexíveis, especialmente para produtos prontos para consumo – higienizados e porcionados – vendidos em supermercados e em lojas de conveniência. Essas embalagens oferecem proteção, conservação e praticidade, atendendo às demandas dos consumidores por conveniência e segurança alimentar. Além disso, iniciativas de sustentabilidade, como o uso de bioplásticos e materiais recicláveis, ganham força, alinhando-se às tendências globais de consumo consciente.

Outros pontos fundamentais, que acompanham duas máximas internacionais, são a importâncias das embalagens plásticas flexíveis em reduzir o desperdício de alimentos (save food) e garantir segurança alimentar (food safety).

Para 2025, também se espera uma maior atenção às questões econômicas e climáticas. No caso desta última, haverá uma dedicação especial do Brasil já que o país sediará a COP30, em novembro, em Belém (PA). Para lidar com as mudanças climáticas, os especialistas reunidos no evento da IFPA, apontam estratégias como dispersão geográfica de produção e investimentos em estufas e sistemas de irrigação eficientes.

Além disso, tendências como a crescente demanda por alimentos que promovam saúde e bem-estar, e o avanço em inovações agrícolas, continuarão sendo amplamente debatidas. Já no segmento de flores e plantas ornamentais, Jorge Possato Teixeira, presidente do Ibraflor, aposta na resiliência do setor e nas novas parcerias com supermercadistas e floriculturas. Também neste setor, estima-se um aumento de demanda por filmes plásticos.

*Liliam Benzi é especialista em comunicação, marketing e desenvolvimento de negócios e de estratégias para B2B, com ênfase no setor de embalagens. Também atua como editora de publicações e Assessora de Comunicação de diversas empresas e entidades, entre elas a ABIEF.

Foi eleita Profissional do Ano pela Revista Embanews. Também é Press & Communication Officer da WPO (World Packaging Organization – Organização Mundial de Embalagem) e está à frente da LDB Comunicação Empresarial desde 1995 (ldbcom@uol.com.br).