Por Liliam Benzi* participou do Innovation Day a convite da ABRE. O que é considerado…
Estudo do PMMI, dos EUA, indica que embalagem flexível terá um boom
A alta deve ocorrer apesar das limitações da reciclagem no país.
A indústria de embalagem continuará a crescer em 2025, mas espera-se uma taxa anual de 1,5% contra a alta de 1,7% registrada em 2022. Esta é uma das conclusões de um estudo do PMMI (Associação de Tecnologias de Embalagem e Processo – www.pmmi.org) e da Ameripen (Associação Americana de Embalagem – www.ameripen.org), recém-publicado e que também identificou tendências em design de embalagem, materiais, sistemas de coleta/reciclagem, e legislação nos próximo 10 anos.
O estudo indica ainda mudanças nos tipos de embalagem, incluindo as plásticas flexíveis, e de papel e plástico compostáveis, alertando que os sistemas de coleta e reciclagem existentes não são adequados aos novos materiais.
Os 394 donos de marca e varejos entrevistados também esperam uma alta significativa na quantidade de conteúdo reciclado pós-consumo utilizado nas embalagens. Embora a demanda por PCR ainda é maior que a oferta, ela determinará mudanças significativas no tipo de embalagem usadas na próxima década.
E apesar dos movimentos de redução do uso de plástico, todos concordam que o material não desaparecerá. De fato, dos 394 entrevistados, 75% usam materiais plásticos, 61% usam papel, 14% usam vidro e 13% usam metal. E os números apontam para um boom no uso de embalagens plásticas flexíveis mesmo com os desafios de reciclagem.
Os plásticos continuarão, mas será preciso pensar em soluções para gerenciar a reciclagem destes materiais, como é o acesso das pessoas a sistemas de coleta e reciclagem. Atualmente, menos de 2% da população dos EUA têm acesso a sistemas de reciclagem pós-consumo de embalagens plásticas flexíveis, de acordo com o relatório The Recycling Partnership.
Outro ponto levantado pelo estudo é o aumento considerável no uso de materiais plásticos e celulósicos compostáveis, com uma alta mais forte esperada em 2027 e entre 15% e 16% até 2032. Mas pelo fato das embalagens compostáveis ainda representarem um pequeno mercado, esta alta não influenciará significativamente nos volumes totais de embalagem.
O relatório chama atenção ainda para o fato dos EUA não terem uma infraestrutura que suporte a compostagem em escala. Atualmente, 27% dos Americanos têm acesso à coleta de compostáveis e 11% dos serviços de compostagem aceitam embalagens. Alguns programas de compostagem também não aceitam embalagem por se preocuparem com a contaminação, como é o caso da A1 Organics, no Colorado, que eliminará as embalagens da lista de materiais aceitos ainda este semestre.
Para contextualizar o estudo, em 2021, as embalagens para bebidas representaram 47,4% do volume de embalagens usados pelos entrevistados e as de alimentos, 44,9%; as outras categorias, que incluem cuidados pessoais e domésticos, e pet care, responderam por 7,7%.
Baseado na queda de alguns segmentos importantes de alimentos, como confeitos e snacks, vê-se uma tendência de uso de embalagens de formatos menores. Desta forma, os filmes plásticos poderão experimentar uma alta entre 4% e 6% no período 2028-2030 de acordo com o estudo Mordor Intelligence. A Associação de Embalagens Flexíveis (FPA – www.fpa.org), dos EUA, estima um crescimento dos filmes entre 3% e 4% dentro do universo dos plásticos.
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