Por Liliam Benzi* participou do Innovation Day a convite da ABRE. O que é considerado…
A reinvenção do consumo e do comércio. Você está pronto?
Em meio a profundas transformações no comportamento do consumidor moderno, surgem conceitos que precisam ser considerados: ‘polioportunidades’, ‘marcas regenerativistas’, ‘composable commerce’, ‘composable technology’, ‘ecovergonha’ e ‘deep branding’. E se afeta o varejo, afeta as embalagens!
Por Liliam Benzi*
Uma nova era de consumismo está remodelando o comércio. Para os novos consumidores, os pedidos devem ser feitos com um clique, a entrega deve ser rápida e o frete gratuito. É isso que se espera do varejo moderno conforme sentenciou o especialista Edmur Saiani, da Ponto de Referência, no evento pós NRF (Big Retail Show), organizado pela ABRE (Associação Brasileira de Embalagem).
As experiências de vida, combinadas com os novos recursos tecnológicos, geram um conjunto de novas expectativas e novos comportamentos. Assim, a NFR deixa de ser uma feira sobre tecnologia e vira palco para mostrar como essa tecnologia transforma o negócio e sua dinâmica. E se impacta o varejo, impacta a embalagem.
O varejo cumpre a promessa da marca, materializada na embalagem, e vira o herói da ponta. E não podemos mais pensar em geração Y ou Z, mas em “tribos de 01”; falar para muitos de forma customizada para um. Sim, este é o desafio imposto pelo novo ser humano que ainda traz a reboque uma tal de ‘ecovergonha’ que o impele a consumir menos e melhor e ser movido pela máxima: “me mostre os seus valores, mas eu comprarei de acordo com os meus”.
Surge um consumidor que quer comprar tudo do seu jeito, onde estiver e recebendo na hora, mas que também quer aprender e saber em quem pode confiar. E se as empresas não se atentarem a todos estes sinais, descobrirão de alguma forma que este consumidor conhece a marca e o produto melhor que seu fabricante.
No período pré-pandemia vivíamos num universo com hierarquia,
competição, controle, repetição e propriedade. Hoje falamos de autonomia, cooperação, confiança, inovação, acesso, teste e aposta. A pré-pandemia era para pessoas subordinadas, o hoje é para protagonistas e isso independe da geração a que pertencem. O hoje também está repleto de ‘polioportunidades’ e aí surgem as marcas ‘regenerativistas’ que regeneram e são ativistas ao mesmo tempo. Portanto: regenere e ative o máximo que puder!
E como este é o momento da verdade, ganham força as ‘deep branding’ (marcas com profundidade): prometeu, cumpriu. Tudo dentro de um universo de ‘composable commerce’ (comércio composto) que reúne todos os recursos por meio de uma ‘composable technology’ (tecnologia composta); e tudo tem a ver com personalização.
O ‘composable commerce’, usado no contexto do comércio eletrônico, descreve uma abordagem modular na criação de plataformas de e-commerce. Ele permite que as empresas selecionem e integrem diferentes componentes de tecnologia ou serviços, de acordo com suas necessidades específicas e objetivos de negócios.
Diferentemente das soluções tradicionais de e-commerce, que costumam ser monolíticas e inflexíveis, o ‘composable commerce’ oferece flexibilidade e agilidade para as empresas se adaptarem rapidamente às mudanças do mercado, às demandas dos consumidores e às inovações tecnológicas. Isso é alcançado por meio da utilização de APIs (Interfaces de Programação de Aplicações), microserviços e abordagens baseadas em nuvem.
Do ponto de vista técnico e mercadológico, o ‘composable commerce’ representa uma evolução significativa no e-commerce, pois alinha as capacidades tecnológicas com as estratégias de negócios de forma mais dinâmica e eficiente. Além disso, essa abordagem incentiva a inovação, a colaboração entre diferentes fornecedores de tecnologia e a otimização contínua dos processos de negócios.
E para a mágica do ‘composable commerce’ aconteça, é preciso ‘composable technology’, uma abordagem de design e desenvolvimento de sistemas de TI que enfatiza a modularidade, a flexibilidade e a interoperabilidade. Em essência, trata-se de construir sistemas pela combinação de componentes independentes, que podem ser facilmente integrados, substituídos, reutilizados ou atualizados sem afetar o restante do sistema.
A ideia por trás da ‘tecnologia composta’ é permitir que as empresas criem soluções personalizadas que se adaptam às suas necessidades específicas, ao invés de depender de pacotes de software rígidos e difíceis de modificar. Esta tecnologia pode ajudar as organizações a serem mais ágeis e inovadoras, respondendo rapidamente às mudanças de mercado e às demandas dos clientes. Estamos falando de uma vantagem competitiva por meio da diferenciação pela oferta de experiências de usuário personalizadas e otimizadas.
Estes insights percebidos na NRF 2024 – ‘polioportunidades’, ‘marcas regenerativistas’, ‘composable commerce’, ‘composable technology’, ‘ecovergonha’ e ‘deep branding’, apontam para um caminho: é preciso promover a cultura da inovação e da melhoria contínua, a partir de atualizações de estratégias e/ou substituição de abordagens, sem interromper os sistemas existentes. Desta forma, as empresas poderão se adaptar e evoluir constantemente em um mercado em transformação contínua e rápida.
*Liliam Benzi é especialista em comunicação, marketing e desenvolvimento de negócios e de estratégias para B2B, com ênfase no setor de embalagens. Também atua como editora de publicações e Assessora de Comunicação de diversas empresas e entidades, entre elas a ABIEF. Foi eleita Profissional do Ano pela Revista Embanews. Também foi indicada como Press & Communication Officer da WPO (World Packaging Organization – Organização Mundial de Embalagem). Está à frente da sua empresa – LDB Comunicação – desde 1995 (ldbcom@uol.com.br).
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