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Flex Tendências Junho 2021

E as inovações em embalagens sustentáveis continuam

Por Liliam Benzi*

Com base no webinar conduzido pela empresa de inovação ThePackHub (www.thepackhub.com) é possível identificar que os desenvolvimentos de ‘novas embalagens sustentáveis’ seguem norteados por macrotendências globais de consumo.Estamos falando de materiais de fontes renováveis ou bio; embalagens compostáveis ou biodegradáveis; substituição de materiais; embalagens feitas a partir de materiais reciclados; e embalagens com refil ou reutilizáveis.Na Índia, por exemplo, o Instituto Nacional de Tecnologia de Oceano já trabalha no desenvolvimento de um bioplástico a partir de algas marinhas, um recurso abundante, barato e que cresce rapidamente (cerca de 45 dias), apenas com a luz do sol.

Os polímeros resultantes se assemelham aos plásticos de base vegetal já usados em aplicações alimentícias e que se biodegradam, naturalmente, sem a liberação de resíduos tóxicos. Eles também podem ser descartados em lixos comuns.

Outra proposta interessante vem da marca de produtos para limpeza doméstica Aunt Fannie´s que ao invés de criar estratégias de redução, reuso ou reciclagem das embalagens, optou por certificar sua linha de produtos no ‘rePurpose Global’ (www.rePurpose.global), a primeira plataforma mundial de Créditos de Plástico dedicada a reduzir o volume descartado e restabelecer o equilíbrio da natureza.

No caso específico da Aunt Fannie´s (www.auntfannies.com), para cada embalagem vendida pela empresa, ela faz doações para programas de coleta e reciclagem equivalentes à mesma quantidade de plástico que será descartado no pós consumo.

Em Cingapura, a startup reuuse (www.reuuse.com) criou um sabão em tabletes para ser dissolvido e usado em uma embalagem reutilizável. Isto porque os sabonetes líquidos convencionais usam entre 80% e 90% de água em sua composição.

Já os tabletes, além de ocuparem menos espaço e serem mais leves (impactos positivos no custo de frete e armazenagem), só utilizam a água necessária para dissolvê-los. O produto é vendido em packs de 03 tabletes + uma garrafa reutilizável.

Outra opção sustentável vem do crescente mercado de sanitizadores. Os spray, da marca Sanikind Mini (www.sanikind.com), têm embalagens produzidas com plástico reciclado dos oceanos. Elas estão disponíveis em várias cores e vêm com um clip para ser preso na bolsa. Contudo, o preço continua um entrave: US$ 18, ou seja, entre seis e oito vezes mais caro que os sanitizadores oferecidos em embalagens single use.

Na onda das refeições prontas, a start up canadense Fresh Prep (www.freshprep.ca) lançou um kit para refeições prontas, cuja base é uma bolsa reutilizável, feita de plástico e silicone e que pode ir na máquina de lavar.

A General Mills também entrou na onda e desenvolveu um filme plástico para a linha de barras de granola Nature Valley, com o selo de reciclagem Store Drop-Off, da How2Recycle (www.how2recycle.info). A base do material é um polietileno (PE) diferenciado e a embalagem contém informações que guiam o consumidor na rota da reciclagem.

Na onda da embalagem refil, a marca francesa de cosméticos La Crème Libre (www.lacremelibre.com) criou uma embalagem primária de ‘concreto’ (uma mistura de areia, cimento e água) que serve de base para os potes plásticos dos diferentes produtos. Mas a marca ainda depende de crowdfunding para se estabelecer.

Ainda como tendência, o ThePackHub cita a relevância que os polímeros Hydropol, da Aquapak (www.aquapakpolymers.com), vêm ganhando. Estes polímeros foram especialmente desenvolvidos para possibilitar que embalagens não recicláveis sejam totalmente recicladas dentro dos sistemas de descarte existentes.

Em essência, o Hydropol é um polímero biodegradável que permite o perfeito equilíbrio entre o meio ambiente e a presença microbiana, garantindo que o resíduo da degradação não será nada além de dióxido de carbono, água e biomassa natural mineralizada.

*Liliam Benzi é especialista em comunicação, marketing e desenvolvimento de negócios e de estratégias para B2B, com ênfase no setor de embalagens. Também atua como editora de publicações e Assessora de Comunicação de diversas empresas e entidades, entre elas a ABIEF. Foi eleita Profissional do Ano 2018 pela Revista Embanews. Também foi indicada como Press & Communication Officer da WPO (World Packaging Organization – Organização Mundial de Embalagem). Está à frente da sua empresa – LDB Comunicação – desde 1995 (ldbcom@uol.com.br).

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